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jueves, 10 de julio de 2014

El Calafate I (PORTUGUES)

Já fazem 25 dias que estamos em El Calafate…
Creio que é justo falar um pouquinho desse lugar, de sua magia e de sua gente.
Como muitos já sabem, a ideia era estar uma semana aqui e logo seguir caminho para Norte, porém a vida nos surpreende a cada instante e por isso ainda estamos aqui.
Talvez essa seja uma publicação difícil porque não quero entrar muito no tema do capote e ainda me dói bastante, porem vou tentar fazer meu melhor...


Chegamos em uma quarta-feira em Calafate, saindo de Esperanza. Uma rodovia muito complicada, com muita neve, vento e pouca visibilidade. Recordo que tínhamos frio e foi muito desgastante dirigir até aqui. De todas as formas, chegamos bens e salvos, e lógico que com um sorriso grande.



Um novo povo nos estava recebendo e queríamos faze-lo da melhor forma. Não tínhamos muita ideia de onde passar a noite, mas um ciclista que conhecemos em Tolhuin (Gustavo) nos falou de um lugar chamado “La Cueva”. Como já é de costume, íamos dar uma volta na cidade, falar com as pessoas e logo decidir o que faríamos. Perto do centro cruzamos com um rapaz muito gente fina (Leo) que se aproximou e perguntou onde estávamos pensando em passar a noite. Antes de respondermos, nos convidou para “La Cueva”. É, essas coisas que parecem estranhas terminam sendo as mais comuns. Lógico que aceitamos e em pouco tempo já estávamos bebendo uns mates. Jorge é o dono do lugar. Aloja viajantes todo tempo, sem pedir nada em troca e é umas dessas pessoas que vale a pena conhecer.
Por “La Cueva” passam muitos viajantes e pareceu que as portas estão sempre abertas a todos. É muito lindo poder conhecer lugares assim. Voltando a Leo, posso cotar que logo em seguida tivemos uma boa relação. Nos contou sua vida, sobre a história do lugar, da região e conversamos por muito tempo. Fomos buscar madeiras para o fogo, um pouco de comida e assim se armou todo o jantar. Um dia longo que terminou com a barriga cheia e com boa vibração. 


No outro dia, de manhã, Leo nos acompanho até o Escritório de Desenvolvimento Social para que pudéssemos apresentar os projetos e lá mesmo tivemos a primeira reunião sobre esse assunto. Parecia que tudo se encaminhava bem.

A noite conhecemos Vero, uma garota que vive há uns anos em El Calafate, porém é de Córdoba. Começamos a conversar e em pouco tempo também nos convidou para passarmos em sua casa todos os dias que estivéssemos aqui. Nos pareceu uma boa ideia e aceitamos, por isso desde o segundo dia estamos na sua casa. Nos sentimos como em nossa própria casa e isso é graças a ela e sua linda energia. Sempre temos conversas muito interessantes e pouco a pouco vamos nos descobrindo. Ela trabalha em uma empresa aqui, ou seja, quase todo tempo estamos praticamente sozinhos na casa, senão fosse pela gata “Mishka”


É impossível escrever tudo o que estamos vivendo e tudo que estamos sentindo. Jamais havia convivido com Cami sozinhos em uma casa, ocupando nos dos fazeres diários, podendo nos conhecer de outra forma, esquecendo o que é passar frio, dormindo todos os dias em uma cama, vendo filmes e cozinhando em uma cozinha de verdade!!!


Passou apenas um dia para que o Escritório de Proteção ao Menor nos chamasse, assim que fomos até eles e apresentamos nosso projeto. Tivemos uma reunião com toda a equipe e ficamos maravilhados. Lá trabalham pessoas muito responsáveis e que se preocupam de verdade. Tivemos mais contato com Carmen e Segundo. Eles nos acompanharam nas escolas, sendo que em duas pudemos fazer a oficina. As crianças sempre atentas, participativas, curiosas e contentes.  Posso garantir que sempre temos lindas experiências com a oficina. Isso dá gosto e enche a alma!!!


Nesses dias também aproveitamos para conhecer o povoado. Passeamos pelas ruas, tentamos conhecer pessoas, visitamos a Lagoa Nimez, fomos a caminhar (sim, caminhar) sobre o Lago Argentino que estava congelado e ficamos abobados com isso. Uma experiência muito bonita e inesquecível!!!


Decidimos ir no outro dia visitar o Glaciar Perito Moreno, mas ao invés disso “fomos dar uma volta” que nos custou uns amassados na Kombi e todas as coisas que lamentavelmente já sabem…Como todo o mal também traz algo bom, isso nos serviu para tirar TUDO da Kombi, ver o que estamos levando e assim aproveitar para desapegar das coisas que não necessitamos (necessitar é uma palavra muito forte), ou melhor, que não são uteis. O desapego é fundamental para a evolução e crescimento de nosso Ser. Agora vamos poder seguir adiante mais leves e renovados hehehe.


Esses dias Cami subiu o Cerro Huyliche e me contou que é alucinante, com pequenas cavernas, condores voando, rochas muito interessantes e um vista belíssima. Ao seu lado está o Cerro Calafate, que vamos tentar subir nos próximos dias. Cami tirou várias fotos, que em alguns dias vamos publicar diretamente na página do Facebook. Não percam!!!


Também queremos mencionar alguns amigos que fizemos aqui. Um deles é Petronio, um brasileiro que estava caminhando no nosso primeiro dia de vendas aqui, com o qual conversamos em português. Cami sentia saudades de seu idioma, assim que veio em boa hora essa conversa, poder falar de seu país e contar para alguém de como sentia falta de comer feijão. Petronio nos convidou para tomar uma cerveja, a noite, no Bar-Libro, assim que juntos dele tivemos nosso “primeiro encontro”. Nunca tínhamos saído a noite com Cami, e o melhor, é que estamos muito bem acompanhados!!! O Universo nos presenteou um novo amigo no caminho e uma pessoa a mais para visitar quando passemos no Brasil!!!


Um outro amigo que fizemos foi Berni Roil, um fotógrafo que tem um fusca dos anos sessenta. Um dia nos parou na rua e nos ofereceu ajuda, porque ficou sabendo que havíamos capotado. Nos convidou para jantar e nos apresentou sua família. Pudemos aprender sobre a história daqui, a história de sua família e a tradição com a fotografia, e muitas outras coisas mais. Um homem muito interessante e com uma família encantadora!!!

E assim foram os primeiros 25 dias...conhecemos gente, alguns lugares, produzimos macramê, um pouco de alpaca nas pedras, saímos para vender nossos artesanatos, vendemos pão e voltamos para as estradas (de carona) para ir até Rio Gallegos buscar umas peças para a Kombi (os agradecimentos estão aqui).


Sabem qual é uma das coisas mais proveitosas de estarmos parados 1 mês aqui? Pudemos nos conhecer melhor, diagramar a viagem recomeçando juntos e pusemos nossos cérebros para pensar fazendo perguntas como: Que queremos de nossas vidas? Vamos utilizar as ferramentas profissionais que possuímos para poder fazer algo rentável e assim cumprir nosso sonho? Estamos trabalhando muito em um novo projeto, do qual logo vão se inteirar!
Quero agradecer pela inspiração que o Libro-Bar me deu com toda sua boa energia e vibração. Foi o início de algo que em pouco tempo será um novo sustento. Fomos por um café e ganhamos uma grande ideia (e dois croissants de presente hahaha).


O povoado terá que nos “aguentar” uns dias a maias...e isso porque nem provamos o fruto Calafate!!!
Para os que não sabem, a lenda diz que “o que come calafate, sempre volta para cá”, será que estão certos?

1 comentario:

Santiago dijo...

que lindo que es calafate, siempre voy en invierno a disfrutar con mi famiia.
este año sacamos vuelos a Nueva York. no conocemos, esperemos tener una linda experiencia, dicen que es una ciudad magnifica!
siempre es lindo conocer lugares nuevos